quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um filme de época


Um filme para ser considerado razoável precisa preencher alguns requisitos, tais como: um roteiro bem escrito, com bons diálogos e que seu enredo consiga prender o telespectador. Quando a obra consegue alcançar tais objetivos e, além disso, possui outros pontos a serem considerados, esta obra passa a ser ‘um grande filme’, como costumamos dizer por ai. Bom, se tiver uma fotografia, que embeleze as cenas dentro da perspectiva que o filme aborda, atuações sublimes, uma produção impecável e um diretor sensível, que saiba conduzir as cenas e edite de maneira sábia, tem-se uma obra prima.

E é isso que acontece com 'Atonement' (2007), que no Brasil foi traduzido com um título que tange o que o roteiro trata, mas acredito que o pessoal da produtora brasileira não pensou apenas nisso. Pensaram também na obra anterior de Joe Wright, 'Orgulho e preconceito'. Ai o telepectador teria a falsa noção te que estaria vendo mais uma literatura de Jane Austen passada em fotogramas. Então já adiantando, o roteiro se adapta de um livro de Ian McEwan. Deve-se salientar a presença novamente de Keira Knightley, mas um motivo que chama a atenção do público acreditando ser esta uma película que continua a anterior.‘Desejo e reparação’, tradução para 'Atonement', não tem relações com a obra anterior de Joe. A história de passa no século XX.

Os takes que o diretor utilizou, aliadas a fotografia, fascinam. Deixam-te imobilizado. Principalmente na cena da retirada de Dunquerque em que não houve corte de edição. O roteiro é inteligente e impactante em seu final. Não se esperava tais acontecimentos nos últimos minutos do filme, perante a atuação de Vanessa Redgrave. Atuações, dignas de serem chamadas de atuação não faltam neste filme, partindo da revelação Saoirse Ronan à queridinha do diretor, Keira. Junto a uma trilha sonora que se encaixa as cenas, dando dinâmica na produção, temos um filme de época a la ‘O paciente inglês’. Temos um belíssimo filme.

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