quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Fake Plastic Film


O que se espera no mínimo de um homem que deixa o campo da moda para lidar com direção de filmes, é que estes últimos sejam verdadeiros desfiles de moda. No máximo, o que se espera, partindo da mediocridade das pessoas, é um filme comentado por ter este elemento: o ex-comandante da maior companhia de moda em couro, a Gucci.Tom Ford salvou esta empresa, quando assumiu o posto de designer supremo . Agora ele não veio salvar nada na área do cinema, mas veio colocar seu nome no limbo dos novos diretores que possuem grande potencial de criatividade e sensibilidade.
Seu primeiro filme ('A single man', que mais uma vez leva uma tradução chula, 'Direito de amar'), além de ser um desfile para os olhos, e nesse sentindo pode-se classificá-lo como plástico, tem a cadência de ter uma trilha sonora ousada, mestrada por Abel Korzeniowski. Um roteiro com bons diálogos e a atuação surpreendente de Colin Firth. A cena em que fica sabendo sobre a morte de seu companheiro,Jim, é memorável em minha mente. É intenso e vibrante sua performance neste instante. Depois deste acontecido ele vive a vagar e a lembrar de seu ex-companheiro. E neste sentindo é que Tom ganha um ponto positivo, pois estas lembranças acontecem no sentido visual, onde este designer de moda sabe melhor trabalhar.
Um desavidado poderia confundir a obra com uma de Wong Kar-Wai facilmente, os dois diretores se assemelham no sentido de Direção de Arte. Mas Tom supera, com poucas quebras de edição, ângulos de câmeras antes nunca visto por mim e takes miletricamente marcados.

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